“Considera: o que é sentir-se dividido? O que é sentir-se partido? O que é não se sentir por inteiro? O que é não se sentir estando, mesmo quando ali se está? Imagina o que seja isto: eu não estou, mesmo que aqui eu esteja, porque parte outra de mim em outro lugar está. Mesmo aqui estando, parte de mim, a mais preciosa parte, em outro lugar está. Esta é uma questão que para ti poderias formular: quando eu faço o que faço, por inteiro estou presente no que faço ou me sinto dividido, partido, cindido? Isso é preciso descobrir, isso é preciso decifrar; do contrário, viverás acreditando-te encontrado, embora estando perdido. Dessa forma, ninguém pode continuar.”
Pe. Airton Freire
17 de outubro de 2016, Segunda-feira.
O nosso último dia de peregrinação, depois da Terra Santa, acontece hoje aqui em Portugal.
Fomos, de manhã, para Fátima e tudo transcorria, normalmente, com celebração, visitas aos lugares onde os pastorinhos tiveram suas revelações…
Tudo bonito, malgrado chuvoso estivesse o tempo e já começasse a esfriar.
À tarde, já no seu final, enquanto esperávamos a hora do jantar, saí com algumas pessoas para a visita à igreja dedicada a Santíssima Trindade.
Após as orações que fiz naquele local, depois de ter conversado com algumas pessoas que estavam ao meu lado, levantei-me para fotografar o altar e a imagem de Cristo naquele lugar.
De repente, ELE surgiu (sim, ELE, pessoalmente!).
Imediatamente, ajoelhei-me.
Conversamos.
Adorei-O “em espírito e em verdade”.
Fiquei ali, ainda um tempo, em silêncio.
Levantei-me.
Procurei conversar e mostrar alegria, querendo esconder os sentimentos que em mim se passavam.
Fui, diretamente, para o local marcado para todos os peregrinos jantarmos.
A noite já estava quase adiantada, quando a Lisboa chegamos.
Recolhi-me.
O tempo passou.
Agora, acabo de fazer as orações da noite.
Assim foi nossa peregrinação.
Último dia.
Deste teu servo
In Christo,
Padre Airton.
Post Scriptum: Não esperava que o dia de hoje terminasse com grandes dores, como essas que, agora, sinto, já quase meia-noite aqui em Portugal. Mas, que posso eu fazer sobre coisas que nem eu mesmo consigo entender? Contudo, percebo, em tudo, algo positivo. Que Deus abençoe a todos nós que fizemos está peregrinação.