“Minha irmã serva, meu irmão servo, o Pai te ama, mesmo quando estás sujo, pois, se estivesses sempre limpo, todos te amariam. Eu, que sou teu irmão e cheio de pecados, amo a ti; imagina como não te ama o Teu Pai que está nos Céus! O vínculo que te une ao teu Pai é maior do que a sujeira circunstancial pela qual tu passas. Esse é o Pai que nós conhecemos, o Pai que nos revelou o Senhor Jesus. Esse é o modelo de Pai que eu preciso ser e revelar ao mundo, como Cristo nos revelou. O Pai te ama tão somente porque és filho e porque outra coisa Ele não faz senão amar. Isso te fortalece e te dá segurança, a graça de viver a filiação. Mostra ao mundo que confias no Pai e sê digno dessa confiança. Ele, que foi honrado pelo Filho, deseja ser honrado por ti, em ti. Trabalha, pois, agora, diante do Senhor, faz-lhe entrega total do que de mais íntimo percebes em ti, mesmo os teus limites. É no Espírito que rezarás ao Pai, pelo Filho amado e nosso modelo de vida, Nosso Senhor Jesus Cristo. Faz-te pertença de Deus. Fica em silêncio. Abre a região mais sagrada que trazes em tua alma, oferece-a ao Senhor, diz-lhe: “Faça-se a tua vontade e não a minha” (Lc 22,42). Deixa que Ele tome posse do que já é dEle, e Ele, novamente, habitará em ti.” (Pe. Airton)
Hoje, dia 8 de dezembro, estamos solenemente comemorando a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos.
Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.
A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!