“As inquietações que, ao longo dos teus dias, tens experimentado, possuem duas vertentes: uma te torna inquieto nos tempos em que estás vivendo e, por causa disso, buscas superação; e a outra vertente, que é negativa, poderá não te permitir enxergar, claramente, o real sentido de valor do que estejas vivendo. Existe uma inquietação que te conduz a superações, e outra que em ti provoca ansiedade. Ambas acontecem pela vertente da falta. Hás que admitir, já por experiência, então, que nem tudo pode acontecer segundo a tua vontade. As inquietações de tua alma podem ser um convite para que possas aprimorar a tua fé, a tua esperança e a própria caridade. As inquietações da alma, se não forem bem administradas, poderão te impedir de dar novos passos. Considera que longa ainda é a caminhada. Fazendo a experiência do limite, percebendo que algo está em ti ainda por se fazer, é que serás instado a dar passos à frente ao invés de retroceder.” (Pe. Airton)
Deus bom e misericordioso,
O Senhor nos permite que o domingo seja dia para recebermos a Ti na Sagrada Eucaristia,
Assim como hoje seja também para nós dia de descanso.
O Senhor nos possibilita ser o domingo dia santo, como um dia livre de prazos e metas, coisas as quais o nosso mundo gira em torno, diariamente.
Fazei com que, juntos, nós possamos olhar agradecidos para tudo o que aconteceu nesta semana que passou.
Humildemente te pedimos, concedei-nos hoje não só o descanso físico, mas também a paz interior,
Para que assim nós possamos ouvir o que diz o nosso coração, e as nossas moções internas.
Nós te pedimos, ó Pai, ajuda-nos a não viver presos dentro de nós mesmos.
Levai-nos ao encontro com o espaço sagrado que há dentro de nós, espaço esse no qual o Senhor vive, a Tua morada.
Abençoai-nos Pai,
E fazei com que encontremos também o repouso interior, a fim de que, descansados e reanimados, possamos dar início a uma nova semana.
“Tu revelas quem é o teu senhor pela forma como ages e serves no mundo. Tu te fazes seu representante. És servo. A dois senhores, não podes servir (cf. Lc 16,13). Busca, portanto, em tuas ações, uma tal coerência entre o teu presente e o teu porvir, de modo que não haja quebra, mas continuidade entre teu ser e teu agir. Pois tu não podes negar o teu ser na forma e da forma como tu ages. Isso seria violentar-se. Tu não deves violentar-te. Perderias tua dignidade e, por tua própria conta, tu te colocarias no rol dos excluídos. E sabes que é tão imoral violentar-se quanto consentir na violência; é tão imoral seduzir quanto consentir na sedução; é tão imoral excluir quanto consentir na exclusão. Que o fruto permaneça, e o amor seja a condição. Que tuas ações te humanizem e revelem a expressão do divino que habita em ti. Pois é uma verdade de fé que a Trindade de Deus escolheu teu coração como lugar de sua morada. A melhor parte ele escolheu: o teu coração. Nisso, reside a tua maior dignidade. Que o teu agir revele esta tua condição. Esses seriam os fundamentos teológicos e antropológicos de todo o agir cristão. O que fundamenta a práxis cristã é ter um só Senhor, que é Pai de todos, que ama a todos e para ninguém deseja a exclusão. Serve a esta causa. É teu serviço, sinal de tua mais profunda identificação.” (Pe. Airton)