“Eu te pergunto: por que nós precisamos fazer discernimento? Porque nós possuímos a capacidade de escolher. E algumas escolhas têm o caráter de marcarem a nossa vida em definitivo. Alguns retornos são bastante difíceis em razão de escolhas já havidas, de escolhas já acontecidas. Por isso, é melhor discernir, antes de fazer a escolha, a precisar, alguma vez, retroceder. Por estarmos envolvidos com tantas outras coisas e com tantas opções a serem feitas e posicionamentos a serem tomados, fica até difícil, de chofre, em todas as ocasiões, ter uma resposta adequada. Tudo se nos apresenta com vantagens e desvantagens. A Sagrada Escritura diz que nem sempre sabemos pedir, nem sabemos avaliar, nem sempre sabemos orar, é o espírito que clama ao Pai por gemidos inexprimíveis dentro de nosso peito (cf. Rm 8,26). Tantas são as opções que se apresentam, que difícil se torna saber qual a decisão a tomar. Estamos num período em que o ato de tomar decisões ganha força e peso demasiadamente fortes. Uma chance perdida é mais uma chance que deveremos recuperar adiante, se quisermos recuperar. Uma oportunidade não aproveitada é menos uma oportunidade em razão de outros passos que poderíamos dar. Mas quem vive e crê (e viver já é um ato de fé) precisa ter, ainda, que optar. E, se vivemos, precisamos discernir, para que não fiquemos ao sabor do momento, à mercê das circunstâncias. Sem discernir, seguiríamos em frente, sem outra escolha senão ir administrando o que nos traria o tempo, seguindo as estações, acumulando dias, somando datas, e, quando tivéssemos tempo, descansar para, outra vez, recomeçar.” (Pe. Airton)
“Para ser verdadeiro, é preciso ser espontâneo. Para ser duradouro, é preciso ser recíproco e constante. Para ser permanente, há de ser, frequentemente, alimentado; do contrário, poderá fenecer com o passar do tempo e muito aquém do planejado ficarem os resultados.” (Pe. Airton)
“Existe um dizer que remete à necessidade de mudanças. Isso acontece como alerta a te dizer que, em permanentes protelações, passarás, a conhecer e a sofrer ânsias sempre reeditadas, por vezes acalmadas e muitas outras vezes recomeçadas. É preciso que ânsias dêem lugar à esperança. Não se trata de querer se iludir, nem de buscar lenitivos para alívio do que em ti houver de pouco claro. É preciso, de constante, lapidar-se em tudo o que ao seu alcance esteja. Viver é mais que administrar pelejas. Viver é conquistar e manter o lugar a partir do qual se possa viver, amar, sofrer e até morrer. Se, por vezes, é amargo dizer, muito mais é viver sem um para quê.” (Pe. Airton Freire)