1ª Leitura – 1Rs 17,7-16; Salmo – Sl 4, 2-3. 4-5. 7-8 (R. 7); Evangelho – Mt 5,13-16
“A verdade tem sua própria nobreza. A autenticidade traz consigo a própria grandeza. Os testemunhos autênticos não podem ser ocultados; eles gritam no silêncio, mesmo quando desejam que eles se calem. A graça que é dada para sentir é a mesma que será dada para conseguir. Quanto a ti, guarda com fidelidade quando tiveres alcançado, e administra bem os dons para ti reservados. São talentos usados para serem postos a serviço, e contas disso, um dia, haverão de ser prestadas.
Se tu vives a autenticidade, serás verdadeiro, igualmente, em tudo que fazes. E a verdade possui o próprio esplendor. Ela não é silenciada nem pela exuberância da alegria, nem pela intensidade da dor. A uma e a outra ela sabe bem administrar. E, como em meio a louvores ou decepções, ela porta-se com equilíbrio, sabendo que transitório é o que parte e acontece nesta vida, e a um olhar mais adiante ela consegue alcançar.
Busca, pois, amar a verdade e agir com autenticidade. Busca ser sincero e inteiro em tudo que fazes. Sê disponível e age com simplicidade. Vive com transparência e não te precipites em tomar decisões a partir de conclusões precipitadas.
Lembra-te de que não vives por ti mesmo nem partirás para ti mesmo. Uma missão te foi dada a ser cumprida, e não desistirá Aquele que a concedeu antes que ela seja concluída.
Faze um discernimento e aguarda o momento em que deverás agir. Busca, tão somente, seguir o que te faz superar os teus limites e lançar-te para um sempre adiante do que vives no transitório deste teu momento presente.
A verdade possui o próprio esplendor, para além de toda alegria, para além de toda dor. A autenticidade possui seu próprio esplendor. Verdade e autenticidade deram-se as mãos e caminham a tua frente, e ela, como companheira de viagem, segue-te nesse percurso até que possas dizer: valeu a pena todo esforço desprendido, tudo que pela verdade e autenticidade eu tenho vivido, malgrado um preço alto para isso esteja sendo pago.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Pe. Airton)
1ª Leitura – Gn 3,9-15; Salmo – Sl 129,1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7); 2ª Leitura – 2Cor 4,13-18- 5,1; Evangelho – Mc 3,20-35
“Se, interiormente, tu estás dividido, como o que há de melhor em ti pode ter prosseguimento, se tu mesmo não estiveres em paz contigo? Se tu estiveres dividido, tu estarás enfraquecido, e facilmente serás vencido no primeiro embate que tiveres de enfrentar em tua vida. Tu precisas te integrar para não te entregar, porque os que não se integram se entregam; não sabem como poderão continuar.
Tu sabes onde residem os pontos de tua maior fraqueza. Tu sabes, com certeza. E sobre isso tu precisas cuidar, disso tens que cuidar urgentemente, enquanto é tempo. Pois, a medida que fores protelando, a outra parte, aquela que se te opõe, irá avançando.
Tu sabes o que precisas fazer, os primeiros passos a serem dados, a fim de que não voltem antigas coisas que já julgavas superadas. Toma cuidado. Existe em ti uma fraqueza, alguns pontos obscuros, não suficientemente trabalhados, que respondem por certas atitudes que tu tens tomado, que não tem ajudado; pelo contrário, tem te atrapalhado.
E se disseres que ‘nada se há de fazer, é assim mesmo, depois de resolve, depois se vê o que se pode fazer’; se tu começares a enganar-te a ti mesmo, primeiramente, nada melhor, nada melhor para o teu opositor, que não te quer ver bem sucedido, pois um descuido qualquer e será destruído o que melhor tenhas, ao longo de anos, construído.
Hoje é o dia em que, decididamente, tu vais dizer: poderá ser diferente daqui para frente. Se o teu querer se alinhar ao querer do Senhor, que é tão somente amor, tu serás atendido. E, em meio a tua fraqueza, Deus manifestará a Sua fortaleza. Basta que tu acredites e te esforces fazendo a tua parte, para superar-te nos pontos considerados e comprovados indevidos.
Não tenhas medo de ti mesmo. Não culpes a outra parte pelos teus deslizes, pelas tuas falhas, pelas tuas quedas, que vez por outra, ou frequentemente, têm acontecido.
Repito, onde residem tuas maiores fraquezas, fragilidades, bem sabes, com certeza. E isso, enquanto é tempo, precisa ser resolvido. E tu sabes, como não vives somente em ti nem para ti mesmo, outros poderão sofrer as consequências de atos impensados, elementos não trabalhados que ainda teimam em acontecer em tua vida.
Está em ti a capacidade de superação, mas tu tem o livre arbítrio para tomares uma decisão. Ou deixas da forma como está, entretendo-te com outros elementos, ou decides mudar, enfrentar, mesmo que passes, no início, por um certo sofrimento. Pois existem hábitos em ti que já se tornaram arraigados, e esses, depois da mudança, é o que precisa ser mudado.
Depois de teres te decidido a agir de forma diferente, haverá um resto, um hábito criado ao longo do tempo, e isso não pode ser mais alimentado. Repito, pela quarta vez: enquanto é tempo.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Pe. Airton)
1ª Leitura – Is 61,9-11; Salmo – 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R. cf. 1a); Evangelho – Lc 2,41-51
“Só o amor é capaz de perceber o que, sem o amor, não é possível enxergar, tampouco ver. Só o amor é capaz de atos de grande nobreza; pode realizar feitos de maior grandeza, cujos feitos, sem o amor, jamais poderiam acontecer.
É preciso amar para perdoar, para compreender, para se alegrar. É preciso amar para encontrar um sentido de viver, ter na vida um para quê, ter para onde ir e para onde voltar.
É o amor que restitui o que se considerava perdido, dá vida ao que era tido por, absolutamente, impossível. O amor quebra as cadeias de quem há anos se sentia, por alguma razão, cativo.
É o amor que causa o encanto do primeiro encontro, e o encontro do primeiro encanto. Ele nos leva para bem mais longe do que podemos desejar ou imaginar.
No horizonte da tua esperança, o amor está. É ele quem te motiva a querer continuar, mesmo que um preço tenhas que pagar à vida, porque acreditas no amor e assim desejas viver. Mas viver sem amor, não é viver. É apenas cumprir uma agenda, e ver o tempo passar.
Sem amor não há alegria, vive-se à revelia, troca-se a noite pelo dia. É uma espera do que jamais haverá de chegar.
É preciso amar, é necessário amar. Aliás, tu foste criado para amar e no amor te realizar. O trabalho é a mediação, o amor é a condição. Sem amor nada do que fizeres, nada do disseres terá razão de ser. É ele que te da alento na vida a querer continuar. É algo pelo qual tu possas viver, sofrer, morrer e no amor permanecer. E depois que tudo tiver passado, depois que tudo tiver sido dito, depois de todo acontecido, só o amor permanecerá. Só ele restará para contar a gerações futuras que terá valido a pena o ato heroico de, por amor, viver, sofrer e na vida lutar.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)