“Mãe Santíssima,
Como foste com João Evangelista para sua casa, entra em nossas moradas também.
Transforma essa realidade, tantas vezes dada em água, no melhor da festa, no melhor momento, quando nada mais de esperança em nós resta.
Dai-nos a alegria de não sermos decepcionados.
Acompanha-nos nesta caminhada como acompanhastes a de vosso Filho, Jesus.
Ensina-nos a falar, quando precisar; a nos calar, quando se fizer necessário.
A guardar no coração as palavras que nem sempre entendemos.
Permite-nos ficar com os discípulos de Jesus, até que venha o consola(dor), o paráclito, o revela(dor).
E plenos do pleno amor, nós então viveremos; nada mais perguntaremos acerca do que nos tempo de agora, vivemos e sofremos.
Mas porque, e no devido momento nos será revelado, a razão pela qual viemos ao mundo, a razão de sermos e vivemos, no que se tornou-se comum chamar “vale de lágrimas”, dá-nos a alegria do encanto do primeiro encontro, dá-nos uma razão para viver, chorar, sorrir e até morrer.
Dá-nos ir com Jesus até o fim, até a cruz, porque se com Ele vivermos, com Ele caminharemos; se com Ele morrermos, com Ele também ressuscitaremos.
Por isso, dizemos: Mãe da Divina graça, fica conosco; antecipa a hora da graça como foi antecipado em Caná, e dá-nos conhecer e fazer tudo o que o vosso Filho Jesus nos ensinar.”
(Pe. Airton)
“Quando a esperança se sente cansada, a alma, de seu principal alimento, fica privada. E os pensamentos, aos milhões de sentimentos, juntam-se, como as aves que batem em revoada. Em meio à solidão a que se sente lançado, o coração busca, em afetos desencontrados, caminhos que o tornem apaziguado. Na busca pela luz em meio à noite escura, dá-se início a grande travessia, essa que, a cada vez que se faz, a alma entra em agonia. Quando a tua alma, por vezes, se sente cansada, tu procuras alívio em determinadas coisas que nem sempre conseguem lenitivo, alívio, para tua principal necessidade. É preciso que, no cansaço, não desejes definitivamente parar. Seguir em frente é preciso, embora, por vezes, seja necessário fazer uma pausa para avaliar. Se existe um medo que tu precisas ter é o medo de não querer mais lutar. Desse, tu precisas te afastar.” (Pe. Airton)