“Há pessoas que fazem da espera um motivo para se fortalecer e saber como bem administrar o que lhes venha a acontecer. Há pessoas que fazem da espera o momento de se desesperar, de enfraquecer a esperança e de dizer que solução para determinada situação não há. Há pessoas que, na espera, tornam-se providentes, previdentes: tomam providências e se previnem acerca do que virá. Há outras que, contrariamente, pensam em desistir e, não pondo fé na esperança, desistem daquilo que há de vir. Pessoas assim há, sempre houve e sempre haverá. É preciso que, de tua parte, descubras de que lado tens estado ou poderás estar, pois, se, eventualmente, tua fé se sentir enfraquecida, a caminhada, por conseguinte, estará comprometida. Faze da espera, mesmo que longa te pareça, um tempo de graça, a fim de fortalecer-te. Dá espaço ao que conduza a viver. Se relaxares na vigilância, tomado de certa ânsia, conhecerás sobrecargas, as que, mesmo no presumido certo, não te trarão paz. Vindo isto a acontecer, a quem haverás de recorrer? Todo tempo de espera corre risco de se perder, caso, por um descuido teu, num momento qualquer, o foco do necessário e conciso não souberes mais como manter. Está em ti ser previdente ou imprevidente, prudente ou imprudente, consequente ou inconsequente. Só na transparência e eficiência, colherás os frutos do que tens ainda pela frente.” (Pe. Airton)
“Reexamina o rumo e a direção de tua barca, de tua nau. Retoma o momento primeiro, a razão primeira, inaugural pela qual iniciaste os trabalhos a que agora te dás. Retoma à fina flor a razão de ser disso que é teu grande amor. Não venhas tu, depois, a administrar o caos que, aí, poderá já ser tarde demais. Enquanto é tempo, urge que se façam mudanças para que não sofras de ânsias. Repara as brechas de teus atos, aquilo que ficou desligado, distante, aquilo que clama por uma solução a cada instante. Não deixes que os hiatos cresçam e haja cisões, separações. Pois, antes de qualquer expansão, és responsável por possíveis cisões. Nos tempos de agora, tu sabes o que é mais urgentemente necessário se fazer . Que não venha ninguém a sofrer o que resulta de tuas demoras; pois, para algumas coisas é preciso haver espera, para outras é preciso agir agora. Pede, então, ao teu Senhor a graça de discernir e descobrir o momento exato em que deves agir. Se não o fazes, pergunta-te: o que estou esperando? O que estou protelando? O que não quero enfrentar, não quero encarar? O que é isso de que somente cuido de vez em quando? Pergunta-te se é preciso continuar agindo assim.” (Pe. Airton)