A Pa(lavra) de Maio de 2017: “Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda.” (Ez 38, 7)
Em razão de uma desatenção, quanta coisa foi modificada. Em razão de uma palavra mal pronunciada, quanta coisa brotou, aconteceu, fugiu do controle. Nem sempre é possível prever a consequência de um ato, mesmo que bem intencionado tenha sido, partindo de um reto proceder. O resultado de um ato não vem tão somente em razão de algo por ti desejado, mas também de quanto na outra parte se repercute, mesmo que para esta não estejam todos os elementos claros. O que tu dizes do lado de cá pode repercutir de forma inesperada do lado de lá. Coisas ditas do lado de cá podem acordar, do lado de lá, elementos que tu desconheces do lado de cá, e esses elementos acordados podem entrar em desacordo com o primeiro movimento, o primeiro gesto realizado.
Nem sempre, aquilo que pensaste ou disseste terá o resultado esperado, pois dependerá do eco, do que isso vai acordar do outro lado. Em acordos e desacordos, sonhando ou acordado, tu precisas administrar as tensões, aquelas que tu trazes dentro de ti e outras ainda que ficam longe ou ao teu lado. Se tu não levares em conta estes pontos, poderás viver o doce encanto – e, mais tarde, um consequente desencanto – de que as melhores intenções são as que têm mais chances de melhores resultados. Melhor seria se assim fosse, mas, como assim nem sempre acontece, é preciso que te disponhas a deixar em aberto a possibilidade de acontecer o contrário. Com isto saber lidar e com isto não se desesperar nem se decepcionar, é traço de alma madura.
Tu poderás perder uma batalha, mas a guerra poderás ganhar, a depender de como estiveres administrando aquilo que traz como consequência encantos ou desencantos. Tu poderás fazer superação e levar também a outra parte a perceber que, afinal de contas, entre muitas possibilidades, existe sempre uma outra forma de se ver, de lidar e viver. (Pe. Airton)
“Fica conosco. Sozinhos, sem ti, não queremos ir e, mesmo quando formos, tu irás conosco, porque assim prometeste, assim há de ser, assim há de convir. Fica conosco. Não nos deixe sós. E que o teu espírito, que está em nosso peito e espalhado na imensidão do universo e por toda a terra, nos diga, no momento oportuno, o que devemos fazer, como deveremos ser. Fica conosco, não nos deixes sós; de ti precisamos. Manda-nos o teu espírito quando mais dele viermos a precisar e que em tua cruz possamos sentir a certeza de que passaremos por ela, forma de morrer para, por tua graça, finalmente, a vida plena abraçar”. (Pe. Airton)
“Tuas escolhas não foram, comumente, tuas melhores opções. Substitutos inadequados às tuas melhores escolhas dão errado de não raro. A inadequação de uma escolha se percebe pelos resultados. Isto é mais do que o afeito ao mundo da subjetividade. Dessa forma, saberás da aridez por ti, dantes, não sabida, perceberás a ausência de um sentido que, pervadindo tudo, há de te deixar à mercê dos acontecimentos, sem certo direcionamento. Examina-te, então, prioritariamente. Dá um tempo Àquele que todo o tempo já te deu e passa isso como um legado para os teus. Esse valor nunca será, suficientemente, avaliado; participará daquilo que jamais poderá ser vendido ou comprado. Se o Senhor, o teu Deus, em tua vida e em tua família, não ocupar a centralidade, colocarás substitutos inadequados para preencher o vazio em torno do qual os teus dias circularão. Guarda o que te digo; isso é uma preciosidade, é joia da coroa, é parte de um legado.” (Pe. Airton)