“Aos poucos, nós vamos percebendo que, se em algum momento de nossa vida, estávamos começando a desistir, a graça, a tempo, veio nos alcançar, e a esperança – que não decepciona, se posta em Deus – depressa veio nos socorrer. Por termos acreditado, o Senhor Deus não nos faltou. Aos poucos, vamos esvaziando a alma ou a mente daquilo que com Deus não pode combinar, a vida vai tomando um rumo diferente daquele que até então vinha seguindo, e, sendo obra do amor que nos está acontecendo, mudanças vão surgindo, o nosso coração vai antevendo, e a mente vai intuindo que algo novo está surgindo, um novo tempo está começando. A esperança, que, de nós, andava tão afastada, vai voltando ao ponto de onde nunca deveria ter partido, a mesma que, em nós, aceitamos, para aí fazer morada. Dela, parte a alegria de viver que, por um tempo, andava de nós, afastada, por razões que à esperança eram estranhas, aquelas que, aos poucos, foram se distanciando. Como as primeiras chuvas que irrigam os campos, a alegria vai voltando, e aquilo que antes inquietava o nosso coração vai cedendo lugar à esperança, que, novamente, em nós, vai habitando.” (Pe. Airton Freire)

“Quantas promessas feitas e em breve ou longo tempo desfeitas? Quantos sonhos sonhados e, ao longo do tempo, interrompidos – malgrado oportunidades – mas, fracassados por causa de não trabalhados limites? Quanta caminhada com objetivos claros na largada a perderem-se ao longo da jornada e, no final ou antes do final, a alma já se sentia pesada ou esvaziada? Quantas conversas feitas no calor de tamanha emoção a sequestrar a razão por não haver nisso base alguma de sustentação? Quantos sonhos foram alcançados em razão da persistência, confiança e da força de quem caminhava lado a lado? Quantas coisas foram construídas ao longo de um convívio que, apesar dos erros e/ou defeitos, a amizade, a confiança, amplamente partilhadas, cresciam com o passar dos dias? Sobre tais temas convém pensar, de sorte a não ser tomado pelo que conduz a viver à revelia.” (Padre Airton)

“How many promises were made and just as quickly undone? How many dreams were dreamt and eventually interrupted – in spite of opportunities given –, dreams which did not come true because limits were overstepped. How long was the distance you walked, at first with clear objectives, which were gradually lost in the end or before the end of the journey, when the soul already felt heavy or empty! How many conversations in the heat of so great an emotion, deprived of any common sense and with no foundation! How many dreams did eventually come true because of the persistence, confidence and strength of the one walking by your side? How much was built in the course of a relationship, where in spite of mistakes or faults one saw friendship and trust grow day after day, being largely shared. It is convenient to think about such matters, so as not to be misled to live at random.” (Father Airton)