“Quando o assunto for recomeçar, é preciso estar atento à modalidade em que esse fato se dará. Se for para recomeçar, que seja na Verdade, em alicerce seguramente firmado, a fim de que, o que ali for construído, tenha condições e razoáveis perspectivas de continuidade. Se for para recomeçar, que seja para não olvidar as experiências vividas até o momento presente; pois, o recomeço que não traz a memória do passado é inútil e haverá de se perder em breve tempo. Se for para recomeçar, há de se estar atento aos movimentos deste presente, para que antigos erros não sejam atualizados em novas oportunidades apresentadas. Se for para recomeçar, que seja em razão do encanto do primeiro encontro, do amor incondicional surgido ao perceber-se convocado a responder a um chamado à prática do bem, na qual o Altíssimo é o primeiro interessado.”
Pe. Airton Freire
“Farei chegar aos Céus que espero o momento da revelação de Deus em minha vida, como quem espera as primeiras chuvas que chegam à terra e pelas quais há muito se ansiava. Eu peço ao Senhor a graça de que Ele serene os ânimos, como as primeiras chuvas vêm serenar o calor e trazer esperança à terra; que Ele traga quietude na turbulência e que, com as chuvas, voltem os pássaros a ocupar os antigos ninhos deixados. Que os desertos surgidos ao longo da estiagem possam, novamente, ser povoados. Que o Senhor, que me acompanha e que me conhece, mande a Sua graça sobre mim, para os lugares áridos, desertos, em qualquer instância de minha vida, de minha personalidade ou pessoalidade. Que Sua presença tão esperada, tão almejada, chegue e refrigere esta minha alma cansada, abatida, açoitada. Que o Senhor faça o Seu orvalho descer sobre nós. Que nós possamos conhecer, após contínuos entardeceres, uma manhã serena, um dia tranquilo, dias tranquilos em continuidade, até em recompensa a toda a dor suportada, a toda a espera promulgada, encerrada com a presença do Senhor que vem para ficar, para junto de ti estar, para não mais te deixar. Pois, Ele é o Senhor: o santifica a dor, o restaura a dor, o modera a dor; o salva a dor. Eu vou pedir, novamente, ao Senhor, que Ele orvalhe sobre mim, refrigere a minha alma e não me deixe largado assim. Que eu possa exultar, alegrar-me tão simplesmente ou até sobretudo pela graça da filiação, a graça de saber que, acima de tudo, há um Pai que está nos Céus e que me deu o seu Filho como irmão.” (Pe. Airton)