“Os que permanecem no amor pelo mesmo amor serão consolados e, se feridos, serão reabilitados. Os que permanecem no amor jamais de si mesmo se encontrarão desencontrados. Os que permanecem no amor têm a garantia de com Ele sempre estar; pois, Ele é o primeiro interessado em todo o bem que, nos tempos de agora, esteja a se realizar. Permanece no amor em qualquer situação. Não faças concessão ao que ao amor se opõe. Pede ao amor que de ti disponha aonde quer que ele queira te localizar. Ama tão somente. Ama intensamente. Ama mesmo que não entendas razão de tanto amar. Ama e crê firmemente. Os que amam seguem em frente. Os que amam, pondo em Deus sua confiança expõem e espantam toda ânsia, no desejo permanente de no amor se confirmar. Ama tão somente, mesmo que não entendas, ama primeiramente; pois, o amor é a garantia de toda vitória; amor e somente ele te dará a coroa da glória. Ama; pois, os que amam verão a Deus. No amor, tu ressuscitarás, nele tu te reencontrarás, tu te reintegrarás e encontrarás o que, desde há muito, consideravas perdido.” (Pe. Airton)

“Os teus atos poderão glorificar, em forma de prece, por tua vida. Aquele que outra coisa não sabe e não faz senão amar. Tu santificarás, por tua presença, qualquer lugar, qualquer ambiente, onde estejas ou possas vir a estar. Aquele a quem tu amas e prestas cultos com tua própria vida, onde estiveres, também contigo também estará. Tu santificarás, com tua presença, a presença santa Daquele que em ti habita e em ti deseja ficar. Honra, portanto, Aquele que trazes contigo. Vive a verdade tão somente e que teus atos não façam desta verdade grandes desmentidos. Tu santificarás, com tua presença, Aquele que, mesmo no silêncio, torna-se silenciosa eloquência. O mundo através de ti haverá de ver e perceber Aquele a quem tu amas, mesmo que disso nada venhas a dizer; pois, como vives por ti haverá de falar muito mais do que as palavras poderão comunicar. A tua vida, por inteiro, haverá de mostrar, afinal de contas, quem é Este a quem tu amas, a quem tu cultuas, a quem tu serves por tua forma de ser e de se dar? A condição para tanto é amar.” (Pe. Airton)

“O nosso coração, como um terreno, pode ser bom e então a Palavra dá fruto, mas pode ser também duro, impermeável. Isso acontece quando ouvimos a Palavra, mas ela bate com força sobre nós, como numa estrada”, diz Papa Francisco. Entre o terreno bom e a estrada existem dois terrenos intermédios que, de várias medidas, podem existir em nós.
“O primeiro é o pedregoso. A semente germina, mas não consegue se enraizar profundamente. Assim, é o coração superficial, que acolhe o Senhor, quer rezar, amar e testemunhar, mas não persevera, se cansa e nunca decola. É um coração sem consistência onde as pedras da preguiça prevalecem sobre a terra boa, onde o amor é inconstante e passageiro. Quem acolhe o Senhor somente quando quer, não dá fruto.”
Depois, há o último terreno, o espinhoso, cheio de sarças que sufocam as plantas boas.
“O que essas sarças representam? ‘A preocupação do mundo e a sedução da riqueza’, diz Jesus. As sarças são os vícios que lutam com Deus, que sufocam a presença: sobretudo os ídolos da riqueza mundana, o viver com avidez, para si mesmo, para o ter e o poder. Se cultivamos essas sarças, sufocamos o crescimento de Deus em nós. Cada um pode reconhecer as suas pequenas ou grandes sarças que não agradam a Deus e impedem ter um coração limpo. É preciso arrancá-las, caso contrário a Palavra não dá fruto.”
O Papa disse ainda que “Jesus nos convida hoje a nos olhar por dentro, a agradecer pelo nosso terreno bom e a trabalhar os terrenos que ainda não são bons. Perguntemo-nos se o nosso coração está aberto para acolher com fé a semente da Palavra de Deus. Perguntemo-nos se em nós as pedras da preguiça são ainda numerosas e grandes. Devemos encontrar e chamar por nome as sarças dos vícios. Encontremos a coragem de recuperar o terreno, levando ao Senhor na confissão e na oração as nossas pedras e nossas sarças. Ao fazer isso, Jesus, o Bom semeador, ficará feliz de realizar um trabalho adicional: purificar os nossos corações, removendo as pedras e os espinhos que sufocam a sua Palavra”. (Papa Francisco)