Participação na (pater)nidade de Deus,
Trazes em teu ser, contigo!
Requere-se que sejas para os teus,
O real confidente, o verdadeiro amigo.
Pai, quem de ti não se lembra
Pelo que foste ou pelo que terias sido!
Pai, de tão marcante presença.
Pai, de ausências tão sentidas!
Revejo-te, então, no tempo desse “depois”
De tudo o que os anos trazem consigo:
O quanto poderíamos ter sido nós dois
Em tudo o quanto foi vivido ou restou por ser ainda dito!
Feliz dia dos Pais,
Em paz!
Feliz hoje, atual presente.
Feliz sejas tu, meu pai.
Mesmo se ausente, és presente!
Feliz!
Pe. Airton Freire
“A paternidade diariamente se confirma, se revela e se afirma. Toda paternidade é participação naquela que procede de Deus. Todos nós agradecemos ou sofremos pelo pai que somos, que fomos, ou que não tivemos. Todos nós sofremos ou agradecemos pelos pais que desejamos ser, ou poderíamos ter sido. O pai, ou os pais, que poderíamos ter tido. Mas, o real é o Pai que conosco existe, e que com ele já convivemos ou estamos a conviver. Todo filho existe em razão de um pai. Pai sem filho não existe e filho só existe por causa do pai, de modo que é uma relação de mútuo reconhecimento. O pai é aquele que nasce e com quem nos identificamos a partir de dentro. Uma identificação que nasce a partir de dentro e com ele nos identificamos ao longo da vida, nos tempos atuais e enquanto a vida houver, sempre. Bem-aventurado o Pai que nos criou, que em seu Filho nos abençoou e que pelo seu Espírito nos congregou. Bem-aventurado o carisma que recebemos, dom do Pai que está nos céus e, como filhos na terra, nós vivemos ou então ao menos procuramos. Bem-aventurados os sinais de permanência de Deus entre nós. E, a depender de nossa fidelidade, o Senhor nos concederá muito mais o reconhecimento de viver e transmitir o carisma da Misericórdia da Divina paternidade. Feliz dia dos Pais para vocês, para todos nós. Feliz dia dos Pais hoje e sempre. Que Deus nos abençoe, com nossa ajuda, desatando os nossos nós.”
Um cheiro desse seu irmão e servo,
Pe. Airton Freire