“Tu poderás dar destinos diferentes a certas oportunidades que te surgirem pela frente se tu não mudares o que está em curso em ti, já intimamente. O que fazer daquilo que chega, a partir da natureza que está no teu ser? A esperança do achado é o que te faz querer avançar. É preciso saber o que queres e aonde queres chegar. Oportunidades te serão apresentadas, e administrando-as tão somente para resolver o imediato da situação, não olharás o todo, e tu poderás te perder naquela ocasião. Não olhando o todo, tu te perderás nas partes. Evita qualquer embaraço, por deliberada decisão; e se tu sabes que nesse ponto ainda és frágil, convém por esse terreno não querer avançar. Pois, com certeza, enveredando por algo em razão de determinado momento, ou por achar que ele encurta distâncias, ou que te leva a viver com intensidade tão somente aquele momento, sem que ele faça parte do objetivo que queres alcançar, tu poderás avançar, sem chances mais de regressar. A idas que não tem mais vindas, disso a vida tem te mostrado, tem te ensinado. E há aqueles que vem e não querem mais voltar. A questão está de que lado tu queres estar, e aonde tu queres chegar.” (Pe. Airton)
“Ao se ter fé, coloca-se a questão, como divisor de águas, do que é idílico, do que é possível. O idílico faz parte da natureza dos sonhos: sonhos não sonhados, sonhos acordados, sonhos mal dormidos, sonhos realizados. E o que é possível é aquilo que se torna presente a partir das condições que o sujeito traz consigo num determinado momento. Se o teu desejo coincidir com o desejo do teu Pai que está nos céus, este ponto de congruência resultará ser possível algo de novo acontecer. Se entre ti e aquele que mais próximo de ti estiver houver pontos coincidentes, é muito possível que a ação dos dois seja convergente e aí possam se encontrar. Em não havendo pontos de coincidência, tentativas haverão, até jogo de sedução, apelos decifrados ou semi-decifrados, rogos, pedidos, mas nunca se farão encontrados. Por isso, procura, neste exercício, neste ponto de tua caminhada, distinguir o idílico do possível.” (Pe. Airton Freire)