“Quando se manifesta o amor na natureza humana, sonda-lhe os recônditos de sua alma, onde nem se imagina que algo dessa natureza seja objeto de perscruta. O amor revela nuances que somente no amor, pode algo, aí manifestar-se. Quem ama participa do mistério de amar e mergulha no ser que é tão somente capaz de amar. Frente ao amor, dispara a inteligência, na busca de conceitos que possam o amor explicar. Seguro, no amor, é tão somente no amor estar. Ele sozinho se diz mais que todas as falas, que todos os discursos dele já disseram. O amor converte onde as palavras nem convencem. Quando amar faz sentido – e sentido em amar sempre haverá – mais semelhante ao amado buscar-se-á estar. Trazer consigo natureza, forma e conteúdo do que no amor existe e do que nele encerra é objetivo de todo aquele que ama. Suprimir distâncias e anular diferenças são aspectos do que busca aquele ser que ama, entendendo haver, apesar do ser amado, um ponto, ainda não localizável, que manterá separado aquele que ama do ser amado.” (Pe. Airton)