Abstive-me de carne no ano de 1994.
Convenceram-me, depois, que “necessitaria” de proteína animal.
Então, aquela decisão foi revogada.
Anos depois, passaram-me a ocorrer motivos para abster-me inteira e definitivamente.
Estando, hoje, a 20 km após a cidade de Burgos, França, a caminho de Toulouse,
Serviram-nos, no almoço, carne de frango.
Recusei.
Motivo: Primeiramente, esse pensamento ocorreu-me:
“Para viver, é preciso que seres vivos sejam abatidos?” Respondi: Não.
Um sentimento de repulsa à carne veio-me em seguida. Por fim, esse pensamento: esses animais não puderam se defender. Então, a decisão foi tomada: não consumirei carne.
Assim foi.
Assim será.
Em 15-10-2017
“Assim como ninguém caminha para permanecer no mesmo lugar, da mesma forma, ninguém segue a Cristo sem que de algumas coisas tenha que se desvencilhar. É preciso saber que, ao longo de uma caminhada, muitas coisas deverão ficar, para que não se tornem demasiadamente pesadas, nem retardem o percurso entre o tempo da partida e o da chegada. Por isso, aí, cabe renunciar. Algumas coisas são boas, mas, em razão da opção, é preciso que outras de maior preferência ocupem o seu lugar. Viver é ter que optar. Viver é ser interpelado. Viver significa dar uma resposta adequada àquilo que se pretende alcançar. Do contrário, nós nos tornaremos demasiadamente pesados, porque tudo o que nos aprouver haveremos de juntar e, em pouco tempo, o nosso próprio peso não teremos como suportar, nem fazer com que outros também o suportem, já que para nós próprios é difícil dessa forma continuar. Por isso, a questão que se coloca para ti é que tu tenhas o discernimento acerca do que precisas fazer a fim de prosseguir. Tua opção por Cristo te leva a quê? O certo é que, se, ao longo da caminhada, tu vieres com a opção por Cristo a te incompatibilizar, terás que optar: ir ou ficar. Há coisas que, juntas, não podem somar. Se o fizeres, demasiadamente pesado, em pouco tempo, haverás de te encontrar. Essas mesmas coisas resultarão em conflito de não te fazer continuar. A quem irás, aonde irás? Aos teus melhores intentos, assim, não poderás dar prosseguimento, ficando apenas no ponto em que pensaste em realizar. É preciso ser preciso – o que significa decidido e claro – e deixar de lado certas coisas que a tua opção de vida não pode mais comportar. Não significa dizer que, em si, as coisas sejam más; significa que, em razão da tua opção de vida, com elas não tens mais que contar. Difícil é optar, mas a figura de Cristo é o fator decisivo para um novo e pleno de sentido estilo de vida. Ele, então, será a motivação e o para quê de tudo o que, a partir de então, vieres a fazer. Nele, tuas escolhas vão acontecer e não em razão das oportunidades, sem o critério de estar em Cristo centralizado, como se apenas tivesses que fazer à medida que as coisas viessem a acontecer.” (Pe. Airton)