“Aos poucos, mudanças vão acontecendo. O que antes parecia árido ou sem vida vai florescendo, e lentamente, como nas mudanças das estações, o nosso coração é capaz de se alegrar e de sentir novas emoções por coisas que antes delas nem poderíamos pensar, tampouco delas escutar. Como a terra seca e árida do sertão que recebe as primeiras chuvas, a nossa alma vai se renovando. Tanto os antigos propósitos, como as antigas inquietações e dúvidas, ao novo, espaço vão dando. Aos poucos, vamos percebendo que o novo tempo para nós estará sendo bem mais do que antes poderíamos planejar e, tão somente, por termos dado espaço à graça que por nós já procurava, por nós já ansiava e agora espaço pôde encontrar. E, nesse novo tempo que está nascendo, convém que cultivemos a esperança, que não a deixemos fenecer, pois, quando ela nasce, é como tenra planta com a qual não se tendo cuidado pode esmorecer e, na primeira oportunidade, procurar outro espaço onde ela possa, como em ti, desenvolver-se. Por isso, poderíamos então nos perguntar: quais os sinais de esperança de vida nova ou vida plena que, em nós, malgrado as dificuldades, podemos observar?” (Pe. Airton)