“Há coisas que, uma vez acontecendo, são irreversíveis. Se mudanças de planos, em tua vida, vierem a acontecer, olha para a frente, encara a situação e guarda, de todo e qualquer passado, apenas a lição. Não sejas saudoso desta ou daquela situação. O teu presente é melhor que qualquer passado. Não te faças de rogado, pois, para ganhar, muitas vezes é preciso ter que perder. Se mudanças, em tua vida, estiverem acontecendo, guarda contigo o que estou te dizendo: não venhas tu a te perder por não saberes como lidar com o que estás a viver. Volto a repetir coisas que, antes de mim, já ouviste dizer: que não venhas tu a te perder nem pela frieza da razão nem pela tirania da paixão, mormente aquelas que acometem os corações. Confia no Senhor. Coloca nEle toda a tua esperança, e Ele dará fim a toda ânsia. Se nEle, na verdade, vieres a acreditar, tu verás o que o seu amor, em ti, é capaz de realizar (sobre isto, já me ouviste falar).” (Pe. Airton)
“Em tua vida, tu poderás encontrar felicidade à medida que se estabelecer entre teus atos e pensamentos uma tal reciprocidade que nada de essencial fique de lado. A tua felicidade consistirá em te perceberes realizado acerca do que na tua vida faz sentido, daquilo que de essencial não deixaste de lado. Se alguém na vida já disse que felicidade se faz por momentos, eu te digo que felicidade maior não existe mesmo no sofrimento do que viver por um sentido vivendo consequentemente. A tua felicidade não consiste no quanto tu possas fazer, muito menos no quanto tu possas ter. A tua felicidade consiste em que tu, enquanto ser em constante devir, transborde teu compromisso desintessado na relação Eu-Tu, por uma maneira de viver, num jeito de perceber, numa forma de encarar, numa maneira de ser e de testemunhar, coisa que nada nem ninguém de ti poderá tirar. A tua felicidade consiste em viver laços de reciprocidade. Levando a tua prática baseada numa ética de alteridade, a tua vida se tornará plena de sentido, porque, a partir do outro, mesmo na sua diferença, tu poderás crescer com quem mais próximo ou distante estiver de ti, guarda bem o que te digo. Vive, pois coerentemente todos os momentos da tua existência – não te percas disso em nenhum momento; guarda isso com sabedoria em forma de ciência. A tua felicidade consiste em viver o que dá sentido e não em fazer dos teus atos o que as palavras, depois, farão desmentidos. Pois, desta forma, não terias porque continuar, desta forma não encontrarias felicidade mesmo que tudo a teu dispor tivesses ou tudo a teu querer pudesses realizar. Felicidade tem um nome – viver um sentido -, e o sentido acontece pela verdade plena que não desdiz os teus atos em forma de desmentido.” (Pe. Airton)