“É preciso descobrir, discernir, chegar às motivações do que te faz agir. O que te faz agir assim da forma como tens agido, viver da forma como tens vivido? Eu preciso, para isso, encontrar uma explicação e, se possível, diante de Deus reordenar-me, porque, anos a fio, não dá para viver como tens vivido – atualizando o que, em ti, não foi resolvido. Não é possível perpetuar uma situação para cuja continuidade não há plausível razão. Eu preciso da sabedoria do Senhor, mesmo que, para decidir, implique este ato em certa parcela de dor. Eu tenho que estancar essa sangria. Não posso viver mais à revelia; não posso viver administrando o que foge ao meu querer, o que não me dá nenhuma garantia. Não posso mais viver passivamente, esperando qualquer coisa chegar ou sofrendo por antecipação sobre coisas que eu nem sei nomear, nem sei como explicar. Eu preciso assenhorear-me da situação, porque Deus, ao criar tudo o que criou, fez de mim imagem e semelhança sua, ápice de sua criação, deu-me o seu Filho por irmão e pôs no meu peito o espírito de reconciliação. A viver de certa forma, em alguns aspectos, como eu tenho vivido, eu não poderei mais continuar. Eu tenho que tomar uma decisão, e aquele que me segura, aquele que me fortalece é Cristo Jesus, o meu Senhor, aquele que já deu por mim a maior prova de amor; é nele em quem inteiramente eu posso confiar.” (Pe. Airton)