“Dá-me um tempo para dissipar toda amargura, para voltar a acreditar e a retomar os laços de ternura. Eu preciso de um tempo. Tu precisas de um tempo até para descobrir que tens pouco tempo, que por muito tempo estiveste a dissipar. Agora, chegado o momento, lembra-te do que já disse: se a medida vier a saturar, não há como mais retroceder, não há como mais continuar. Se a medida vier a saturar, pensa forte e grandemente. Sofrerás ou alegrar-te-ás com o resultado de teus atos, consequentes ou inconsequentes. Lembra-te de que, para tudo, há um tempo: tempo de plantar e tempo de colher, tempo de abraçar e tempo de se separar, tempo de sorrir e tempo de chorar, tempo de fazer morrer e tempo de fazer nascer, tempo de guerra e tempo de paz (cf. Ecles 2).” (Pe. Airton Freire)
“As inquietações que, ao longo dos teus dias, tens experimentado, possuem duas vertentes: uma te torna inquieto nos tempos em que estás vivendo e, porcausa disso, buscas superação; e a outra vertente, que é negativa, poderá não te permitir enxergar, claramente, o real sentido de valor do que estejas vivendo. Existe uma inquietação que te conduz a superações, e outra que em ti provoca ansiedade. Ambas acontecem pela vertente da falta. Hás que admitir, já por experiência, então, que nem tudo pode acontecer segundo a tua vontade. As inquietações de tua alma podem ser um convite para que possas aprimorar a tua fé, a tua esperança e a própria caridade. As inquietações da alma, se não forem bem administradas, poderão te impedir de dar novos passos. Considera que longa ainda é a caminhada. Fazendo a experiência do limite, percebendo que algo está em ti ainda por se fazer, é que serás instado a dar passos à frente ao invés de retroceder.” (Pe. Airton)