“O que de melhor na vida existe nunca poderá ser comprado, faz parte de um legado, de uma transmissão; isso precisa ser objeto de constante atenção e não poderá ser relegado. As coisas mais valiosas da vida não são coisas. O que se opõe ao que de melhor acontece no recôndito de tua alma, hás que dizer não, impedindo sua transmissão. O valor das coisas que não são coisas está em que elas jamais serão suficientemente avaliadas. Aconteceram e há de se manterem pela via da gratuidade, como confiar, respeitar, acreditar, crer, amar. Vindo a perder tais valores, que são nobres elementos, risco podes correr de virem a acontecer rupturas, nos sentidos estrito e lato da palavra e por isso serás responsável. Tais coisas, as mais preciosas, não poderão ser encontradas em um lugar sequer; elas, tão somente elas, poderão ser doadas – não diria que conquistadas – mas, surgem, espontaneamente, é uma construção permanente. Tê-las e não as conservar significa desconsiderá-las. Se tais valores vieres, um dia, a encontrar, trabalha por mantê-los, sabendo que perdê-los significa desmerecê-los e, por conseguinte, empobrecer-se de vez.” (Padre Airton)