Uma por uma, vais dedilhando as fibras de minha alma com a maestria de quem toca o instrumento que lhe tenha saído das mãos.
Como quem saboreia da fonte que faz jorrar, matas minha sede e eu te agradeço.
Como quem conhece as trilhas por onde passo, evitas os desvios, defendes-me de que eu caia.
E eu reconheço.
Como quem empreende uma jornada, sem saber, ao certo, a forma como ela vai terminar, eu caminho em tua presença.
Certeza única eu tenho: se, no percurso, já te pressinto, no final, na certa, eu te encontrarei.
Pe. Airton Freire
(Texto do Livro “Preces ao Pai”)