“O tempo que tu estás vivendo pode ser de alegria ou de sofrimento e, como já sabes que nada dura para sempre, saibas, então, igualmente, que existe um propósito em tudo que te esteja acontecendo. Não digo isto para que tu possas te conformar, resignar-te, como se em relação ao que te acontece nada mais tivesses a fazer. Digo-te isto para que não percas a tua paz, afinal, não podes dizer de nenhuma situação ‘tanto faz’, nem viver somente em função do que te apraz. Existem plantações que precisam de podagens para que possam crescer mais fortes. É preciso que também experimentes certos limites para que percebas o valor do que tu tens no teu presente. Que nada tire a tua paz, que nada inquiete o teu coração. Quer estejas alegre, quer estejas triste, no bem persiste, não desistas. Afinal de contas, existem coisas de que nem valeria a pena fazer tanta conta. Que nada tire a tua paz, que nada perturbe o teu coração. Em tudo, existe um propósito, uma razão de ser para que possas guardar, de tudo o que te ocorre, uma lição. No tempo que te for favorável, no tempo propício, a mudança acontecerá. Se tiveres persistido na confiança e na fidelidade, haverás de triunfar; no final, o bem, então, triunfará. A Verdade, com seu esplendor, a todos, a ti inclusive, iluminará. Nada tenhas, portanto, a temer. Se Deus estiver contigo, o que haverás de recear?” (Pe. Airton Freire)
“Existe um fascínio junto ao qual reside um sentido para viver, e, mesmo nas crises ou dificuldades, se é por ele instado a querer vencer. Existe um fascínio que entorpece, embrutece, enfraquece e não deixa ver. A questão está em que tu possas discernir e, depois, optar por qual tipo de fascínio, em tua vida, haverás de te orientar. Considera, a partir do exposto, se alguém viesse te perguntar: O que fascina o teu olhar? Que (in)adequação, na vida, percebes estar a acontecer? Se um crescimento, apesar de certa cota de sofrimento, não estiver acontecendo, impertinente é tudo o que estás vivendo. A inadequação, a partir de um inaugural momento, traz consigo uma matriz de ilusão, com ou sem sofrimento. Quando se quer nisto enganar a si mesmo, há riscos de variadas maneiras. A saída está em optar pela verdade. Considera estes pontos em questão neste primeiro exemplo: o que remete ao coração pode não ter, na mente, repercussão, pois o coração pode dizer sim e a mente dizer não. No segundo exemplo: pode também acontecer, inversamente, que se venha a saber de que ponto se trate, precisamente, mas o coração não participe deste momento. Assim, serás levado a uma divisão que resultará em que fiques aquém ou além do que como meta estabeleceste. Como provação ou como (des)equilíbrio, pela descontinuidade de momentos, poderás compreender tal acontecimento. Todavia, o que se aprova, após a provação, é o que fica da verdade. Isto garante continuidade e torna possível ser efetivado o que resulta em permanente sentido. Reforço: o que dá sentido vem pela superação de limites – estes que, na humana condição, todos experimentamos – se o amor aí estiver presente.” (Pe. Airton Freire)
“Quer alegre ou triste, em paz, contudo, hás que te manter. Mais que existir, é viver. Liberdade interior é fruto da paz, a que se faz necessária porque propicia unidade e integra. Em qualquer situação, assim hás que te manter. Da verdade não querer saber é princípio básico para começar a se perder. Mesmo para o que de imediato não se consegue compreender, aberto e claro, o entendimento há que se manter. Em tudo, reside uma razão de ser. Embora fruto de dissabor, pode-se fazer a dor se abrir ao amor. Em ares de grande alegria, podem transitar os que vivem à revelia. A razão de ser das razões nem sempre tem razão de ser. Mesmo em desertos, há de se guardar consigo esta lição: mesmo de tudo o que não se pode ter, uma lição se pode obter. Nada é em vão. Mesmo a grande desolação pela qual venhas a sofrer traz consigo uma lição da qual és carente de aprender. Vive, portanto, o sentido; pois, sem sentido não faz sentido viver. A forma como encaras o (in)sucesso poderá te levar à superação ou fixação do que tiver te marcado.” (Pe. Airton Freire)