“Nem Deus, nem a não-violência são impotentes. A impotência está no coração de quem não crê, de quem não ama a verdade, de quem pela verdade não quer agir, não quer viver. Sei também que, continuamente, o Senhor prova o coração daqueles que põem nEle sua confiança, mas nunca além do limite do suportável, nunca além da sua capacidade de fazer superação. Ele guia e dá força suficiente para enfrentar as provas em contínuas provações. ‘É no fogo que se purifica o ouro’, é no cadinho do sofrimento que se purifica a índole afeita ao ferro. Todavia, a fim de que das batalhas possas sair vencedor, o Senhor, que está contigo, transformará em alegria qualquer que tenha sido tua dor.” (Pe. Airton)
“Há os que caminham e fazem caminhar. Outro há que emperram e fazem de seus entraves desvios preferidos, atalhos consentidos e que não veiculam. O ponto de chegada não diminui a dimensão da jornada. Há os que fazem da caminhada um ato de crer e de viver. Esses são os imprescindíveis, aqueles que, após a caminhada, abrem caminhos para que outros façam o próprio trajeto até o fim a ser alcançado. A verdade é que ninguém caminha para permanecer no mesmo lugar. Verdadeiro é também afirmar que entre a partida e a chegada o próprio percurso pode ser mudado. Assim, nem tudo o que se encontra durante e no final da caminhada será o que, inicialmente, fora pensado, programado. Se dar passos por fazer caminhos, há caminhos que nunca foram feitos por passos que nunca foram dados. Há quem caminhe e não saiba os passos que já foram dados, assim como há aqueles que, então parados, já calculam os passos que terão que dar. Mas, é preciso caminhar. Em dando passos, caminhos hão de se formar.” (Pe. Airton)
“Foi para viver, não para rastejar, que o Senhor me fez e me quis. Isso é o que sua palavra diz: ‘Levanta-te e anda’ – por muitas vezes disse o Filho, Jesus. E para que eu me levantasse e andasse, ele em meu lugar aceitou até ser morto numa cruz. Amor que tudo regenera, verdade clara como a que espanta as trevas, ação da luz. Que eu possa ter curadas as minhas feridas. Que meu coração não se sinta embrutecido. E olhando para os dons que o Senhor me concedeu, não me faça o Senhor me tornar envaidecido. E observando as marcas que a vida me fez, não me torne eu igualmente entristecido. Que me dê o Senhor a graça do equilíbrio, de saber viver tanto em tempos de penúria como em tempos de paz. Que o Senhor transforme em risos de alegria todo o tempo que eu passei debaixo de muitos ais. E repito: que o Senhor estanque essa sangria.” (Pe. Airton)