Primeira Leitura (Is 1,10.16-20). Salmo (Sl 49), Evangelho (Mt 23,1-12)
“Quando não se tem na vida um lugar determinado vive-se à revelia, ocupando outros espaços. Quem na vida não conseguiu um lugar percebe-se estranho em seu próprio ambiente, e tanto externa quanto interiormente vive um conflito permanente. Quem na vida não tem um espaço como o lugar a partir do qual possa atuar, atua em outros espaços e o projeto de vida de muitos ainda poderá atrapalhar.
O espaço é menos físico do que existencial, é menos topográfico do que topológico. Ele fala de uma definição tua acerca daquilo que para ti faz sentido. Ele fala de um projeto construído ou sendo desconstruído. Por isso, há pessoas que querem ocupar vários espaços, expressando como se sentem divididas.
Reconhece o espaço que tu queres alcançar, ou fortalece aquele que já encontraste. Evita criar dificuldades sendo invasivo e também permitindo invasões em tuas moradas, espaço de tua sacralidade. Mas, sobretudo, vive uma relação com o Senhor em que tu possas criar um espaço de confiabilidade que expresse a que essência, anuência, a que Ele possa realizar em ti Sua vontade.”
(Pe. Airton)
“Tu não podes negar que, a depender de ti, poderás construir ou destruir o que de mais importante trazes contigo. Aquilo que tu não podes conter em ti, o que ainda é possível reverter a partir de ti, por estar em ti, tu precisas admitir. Está em ti o poder de construir ou destruir; está em ti a possibilidade de continuar ou estancar algo que, da mesma forma, não pode mais ir adiante. Está também em ti aquilo que tu vais começar, e, se começares certo, certo também terminarás. Isto acontecerá tão somente se fores vigilante, se estiveres atento para acompanhar mudanças de curso para as quais, eventualmente, não podes fazer concessão, nem vez por outra, nem de vez em quando. A partir das tuas moradas, algo de novo poderá surgir. Mas, admite, há coisas que só dependem de ti, e, se não quiseres, elas não terão continuidade. Naquilo que depende do que está ao teu alcance, trabalha para que encontres a solidez, a firmeza e a sensatez de não se deixar levar pelo movimento contrário. Tu não podes negar que, a depender de ti, é possível construir ou destruir o que de mais importante trazes em ti.” (Pe. Airton)