“Há aqueles que partem como a querer dizer que partida alguma deveria ter acontecido. Há outros cuja presença se assemelha a daqueles que se vão. Aqueles que, mesmo presentes, não fazem de sua presença o maior presente para os que o tiverem conhecido. Presença que se nega pela sua própria evidência; nega o seu presente. Presenças que aí estão e que não dizem a que vieram; contudo, agem de sorte que, em todas as suas formas, não se saiba como nem porquê. E, novamente, eu pergunto: é de se crer?” (Pe. Airton Freire)
“Eu me sinto como em relação ao meu Senhor? Acontecimentos de minha vida conduziram-me a que Ele próprio tivesse ficado esquecido e só por alguns momentos invocado? Eu tenho experimentado que o Senhor, em ralação ao mim, tem silenciado, malgrado as minhas necessidades? Eu sinto o Senhor de mim próximo ou afastado? E eu em relação a Ele como me sinto? Como tem sido, em relação a Ele, a minha fidelidade? Como eu tenho vivido o meu legado? Legado significando aquilo que, ao longo dos anos, fui construído, aquilo que eu faço, mesmo não dizendo para aqueles que a mim estão ligados: este é o meu legado. Uma transmissão, algo que a nossa convivência, gestos observados, posicionamentos tomados no conjunto, tudo isto forma o legado. A que eu tenho sido fiel? Tenho sido fiel a este legado? Ao chamado? Àquilo que o Senhor me insta, me impele, compele, até a tomar cuidado? Tenho sido fiel a certas coisas em relação as quais o Senhor me convida a tomar cuidado, a tomar sob os meus cuidados e prestar atenção?” (Pe. Airton Freire)