“Para sermos escutados, não temos que ler num livro uma bela fórmula composta para um caso particular. […] Fora do Ofício Divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho ânimo de sujeitar-me a procurar nos livros belas orações. Faz-me doer a cabeça, são tantas! […] umas mais bonitas que as outras… Não poderia recitá-las todas e, não sabendo qual delas escolher, faço como crianças que não sabem ler. Digo, muito simplesmente, ao Bom Deus o que lhe quero dizer, sem usar belas frases, e Ele sempre me entende…” (Santa Teresinha de Lisieux)
“Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.” (Mt 4, 1-2)
“Por que nós jejuamos? Jejuamos por vários motivos, é número 3.
O primeiro, porque o Senhor Jesus nos disse que certas coisas só são resolvidas no jejum e na oração.
Segundo motivo: Nossa solidariedade com os que passam fome. A gente é solidário com aqueles que são privados de alimento, quase sempre. Por isso, o fruto do nosso jejum há de ser distribuido entre os mais necessitados.
Terceiro motivo: Que a gente possa sentir no corpo o quanto a alma se ressente quando se afasta do seu alimento, que é Deus. Por esse motivo, ou pelo menos por esses três motivos, é que nós jejuamos. Jejuar não é passar fome. Jejuar é um gesto religioso, uma atitute religiosa, uma oferenda de si mesmo a Deus.” (Pe. Airton Freire)
“O jejum representa uma prática ascética importante, uma arma espiritual para lutar contra qualquer eventual apego desordenado a nós mesmos. Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza fragilizada pela culpa da origem, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Exorta oportunamente um antigo hino litúrgico quaresmal: “Utamur ergo parcius, / verbis, cibis et potibus, / somno, iocis et arcitius / perstemus in custodia – Usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e permaneçamos mais atentamente vigilantes.” (Papa Bento XVI)
“Deus nunca força a nossa livre vontade. De nós depende se queremos aceitar a graça de Deus, ou não, se queremos colaborar com ela, ou desperdiçá-la.” (Santa Faustina, Diário 1107)