“Há amigos que são irmãos. Há irmãos que são amigos. Há irmãos que não escolhemos ter: com eles, temos de conviver. Esse fato é, por vezes, penoso admitir, sobretudo para aqueles que não querem reconhecer os limites de seu irmão e ter que com eles conviver. Há irmãos que escolhemos, tão amigos foram e serão. Há amigos-irmãos, que, por toda a vida, permanecerão nessa condição: eles dão sentido e alegria ao ato de viver; com eles, vale a pena conviver; eles são, de Deus, uma benção. Sê tu, primeiramente, irmão para teus irmãos, amigo para teus amigos e filho do Pai que está nos céus, aquele que nos torna a todos irmãos.” (Pe. Airton)
A matern(idade) é um espaco integrante das pulsões afetivas do infante
Que chega a este mundo num estado de inacabamento.
A mãe cria, recria, localiza o filho, a filha em seu em específico lugar na constelação familiar.
É a mãe que apresenta o pai ao filho, sem o que ele tão só teria a soçobrar.
Mãe, mais que uma função, é um lugar.
Estrutura o que dela nasceu dependente,
Marca-o com o desejo e faz dele gente.
A matern(idade), de tão jovem quanto antiga,
Não tem idade.
Exercício constante traduzido em ato.
Com a mãe veio a human(idade).
Em seu estado de ser constante e vigilante,
Mãe é figura cativante.
Felizes os que se (re)conheceram na vida que dela receberam.
Feliz todo o dia, num sempre novo dia,
Mais que tão somente um dia,
Feliz Dia das Mães.
(Pe. Airton)
Mãe é apelo à Alteridade.
Traz consigo ensino,
Expressão sui generis de comunicabilidade:
Agir não por si, mas a partir do outro,
Apraz-lhe o Permanente, já que a vida é um sopro,
Em suas demandas de dor, amor ou necessidades.
Bem mais do que as letras formam, por seu nome, um significante,
Mãe é matriz que comunica vida.
Espaço onde zelo e atenção se aliam.
Mãe é lugar de identificação estruturante.
Se, um dia, uma mãe pudesse dizer de um seu melhor momento,
Com toda certeza diria
Do nascimento do(a) filho(a),
Bem mais do que de se mesma falaria.
Ser mãe revela-se, pois, em ação permanente.
Num jeito de ser, um modus vivendi.
Ex-mãe não existe.
Será assim, como foi ontem,
Como é hoje e será sempre.
Feliz dia das mães!
Para sempre,
Como sempre,
Desde sempre
Sempre.
(Pe. Airton)