“Quando a esperança se sente cansada, a alma, de seu principal alimento, fica privada. E os pensamentos, aos milhões de sentimentos, juntam-se, como as aves que batem em revoada. Em meio à solidão a que se sente lançado, o coração busca, em afetos desencontrados, caminhos que o tornem apaziguado. Na busca pela luz em meio à noite escura, dá-se início a grande travessia, essa que, a cada vez que se faz, a alma entra em agonia. Quando a tua alma, por vezes, se sente cansada, tu procuras alívio em determinadas coisas que nem sempre conseguem lenitivo, alívio, para tua principal necessidade. É preciso que, no cansaço, não desejes definitivamente parar. Seguir em frente é preciso, embora, por vezes, seja necessário fazer uma pausa para avaliar. Se existe um medo que tu precisas ter é o medo de não querer mais lutar. Desse, tu precisas te afastar.” (Pe. Airton)
“Vive a vida com alegria. Não sejas melancólico, como aqueles que se apegam ao fim de cada dia. Fortalece o teu élan. Sê como o sol que se levanta a cada manhã. Espanta de ti a preguiça, a cobiça ou qualquer outro mal, que fira a tua alma, entorpeça a tua mente, golpeie teu corpo afinal. Não exijas de ti mais do que aquilo que possas dar. Se vieres a errar, a cometer equívocos, sejas tu o primeiro a te perdoar. Vive com simplicidade, na gratuidade, com liberdade. Sê prevenido, não armado, para toda e qualquer eventualidade. Na falta, faze a confissão. Defende o perdão. Vive a autenticidade. Não desdenhes a criatividade. Cultiva a hospitalidade. Nada em ti se assemelha a vulgaridade; antes, haja em ti e aja contigo, com intensa atividade, a singularidade. Não defendas para ti o sofrimento. Mas, se ele te ocorrer, aceita-o, sobretudo se te vier em decorrência de tua vida consequente. Nada faças por fingimento. Disso não faças uso nem por um momento; pois, ele vicia a alma e não a preserva de constrangimentos.” (Pe. Airton)
“Revela a face do amor trinitário, amor cheio de zelo, de compaixão, de ternura, de piedade. Amor que se doa quando se dá. Amor que congrega e não divide. Amor que suprime o que divide e une o diferente no mesmo princípio, o princípio do amor convergente, do amor emergente, na emergência em que ele é instado, solicitado, necessitado nesses tempos de agora. Sê, no mundo, sinal de sua presença. Revela o Filho no rosto em que ele revelou o Pai. Revela o Filho por teus atos, por tua vida e o Senhor teu Deus nesta obra estará. Só, não estarás. Com Ele caminharás. Vive a mística do amor trinitário, do amor solidário, do amor de si esquecido, do amor que é fecundo, criador, salvador e santificador pela raiz, pela natureza como acontece, pela forma como se dá.” (Pe. Airton)