“É preciso viver a transitoriedade das coisas, sabendo que, nelas, pode-se decidir o que é definitivo. Em meio à transitoriedade em que nós vivemos, existe algo que vai se formando, que vai se constituindo e que se mostrará, afinal, como linha mestra, como linha central, a face do que vivemos. Os instantes, as ocasiões, os momentos vividos formarão, no conjunto, o plano de tua vida, o objetivo que tu tens perseguido. Tu não podes viver, nos tempos de agora, administrando o sem sentido, como se administrasses o caos. Tu deves saber que, mesmo nas cicatrizes, a partir do teu posicionamento, no teu olhar, haverá, nisso, um sentido. Sentido em tudo que existe, ao menos como lição, há. Mesmo da dor fica a lição. Há sofrimento, até, que nos aproxima, que nos faz mais irmãos. O certo é que o tempo da provação, esse tempo passará, pois não fomos criados para sermos provados, testados, como se além disso esperança jamais houvesse, como sempre para a dor tivéssemos sido criados, dor que continua, dor que não cessa. Se for preciso, eu prefiro a dor a viver a ilusão. Se for preciso, eu prefiro viver a realidade, mesmo que nela eu cresça, a viver um faz de conta.” (Pe. Airton Freire) #padreairtonfreire
“Alimenta a esperança. É ela quem fustiga a dor, que põe fim a qualquer forma de ansiedade. A esperança promove a lealdade. Vivendo tu no tempo presente, não deixes de estar atento ao que acontece em ti e ao teu derredor, a fim de que aqui e agora possas tu viver e crescer. A esperança posta em Deus não pode em ti morrer. Precisas alimentá-la em qualquer momento, que seja dela teu mais doce e permanente sentimento, e nada faças para desmerecê-la, pois, se, um dia, ela em ti vier a arrefecer, levará consigo tua razão principal de viver.” (Pe. Airton)
“Se a esperança, em tua vida, um dia, for posta à prova, isso não prova que dela estejas tu te esquivando. Toda experiência provada tem chances de ser aprovada, a depender da forma como for administrada. Se tua esperança for posta à prova, quando a realidade se chocar com tudo o que por ti, há muito, tiver sido acalentado, hás que entender que a tua forma de perceber depende do ângulo formado entre o objeto observado e o lugar a partir do qual tu podes ver. Isto significa dizer que nem tudo o que tu vês pode ser absolutizado. Absoluto é só Um em sua Verdade; tudo o mais há de ser relativizado. O importante é saber que, pela dinâmica interna da própria realidade, uma situação que hoje se afigura de uma determinada maneira, poderá, em tempos posteriores, ser modificada. Lembra-te de que, posta em Deus, a esperança não decepciona. Aquilo que pode parecer improvável torna-se possível quando um elemento de esperança é ali cultivado.” (Pe. Airton)