“Busca a comunhão, renuncia a todo espírito de separação, busca a unidade, na diferença, busca a completude, busca ser um na multiplicidade de dons, diferentes formas de ser, de estar e de lidar. Respeita do outro o espaço da sua individualidade, privacidade. Vê, no outro, em sendo diferente, a diferença que te enriquece, não a que divide, não a que ensoberbece. Vive o que soma, o que junta, o que multiplica, como os talentos que Ele te confiou e dos quais prestarás conta (Mt 25, 14-30). Isso, afinal, é o que conta, o amor que nem se conta, mas que se vive. O amor que muitos pecados desconta. O amor que de pequenas coisas não faz conta. O amor que encanta. O amor que faz cantar.” (Pe. Airton)
“Nesta caminhada, levarás contigo o peso e a marca de tudo o que viveste e que já trouxeste até aqui. Viverás as tensões do já e do ainda não. Permanentemente, assim viverás. Com sinceridade, poderás dizer: ‘Deus me fez homem, não me fez anjo, e até os anjos, seus fiéis servidores, rebelaram-se contra Deus um dia’. Uma parte se rebelou contra o Pai. Em sendo assim, também quanto a ti, muitas coisas foram feitas, mal feitas, desfeitas, refeitas ao longo desses teus anos de vida. Todavia, igualmente, tens percebido que, a partir de fora, a partir de ti, algo está sendo gestado, algo está por vir. Meu irmão servo, a ti cabe ser presença de Deus no mundo e responder aos desafios que a vida presente te faz. Às interpelações da vida, tu precisas responder, sem o que tu soçobrarás. Tu precisas responder às interpelações da vida e viver com alegria e esperança. Fácil isto? Verás que não. Todavia, ‘eu sei em quem pus minha esperança’ (II Tim 1,12), poderás dizer. Retomo com tudo o que disse antes. És homem, e não anjo. Por isso, em tudo o que fizeres ou disseres, ficará um resto que não se prende à forma e ao desejo de, plenamente, viver-se. Que razões de minha alma ainda me prendem a quê? Esta pergunta poderás fazer.” (Pe. Airton)
“A realidade de Deus só no amor e na verdade há de se compreender. A fé é condição para que do amor de Deus possa dar-se a conhecer. Isso requer adesão pessoal ao Criador, fonte de todo amor, origem de todo amor, e tem na solidariedade humana a expressão social do efetivo amor. A fé, no amor efetivada, brilha na mais intensa escuridão, e a luz da verdade resplandece, mais intensamente, na mais difícil situação de mentira e opressão. Deus é pura verdade, é puro amor, e os que estiverem com ele conhecerão seu poder de coesão, transformador.” (Pe. Airton Freire)