“A presença amorosa do Senhor é a que dá sentido quando existe um projeto definido, mesmo quando sua execução implique dor. É a presença que nos livra do desamor. Ela santifica a dor, graças ao seu Espírito que vive em nós. É ela quem desata os nós. É ela que confere sentido ao que até então parecia perdido. É o Senhor quem renova a esperança, e, por causa dele, a esperança não se cansa.” (Pe. Airton)
“Toda ação provoca uma reação na mesma intensidade e em sentido contrário’, assim Newton já havia dito. Todavia, o que prova uma ação? É preciso considerá-la quanto à finalidade, à motivação. Toda ação precisa ser contextualizada para ser compreendida, pois, nascida num contexto, assim como um texto, ela é pretexto para novas leituras, para as novas tessituras, para os prováveis e novos desdobramentos. Toda ação vem interligada. Toda ação é um ato provocado voluntária ou involuntariamente. Em razão disso, que tuas ações, enquanto possíveis, sejam por ti bem pensadas, por desencadearem um movimento em teu derredor, de sorte que nem tudo o que a partir dali poderá acontecer é previsível, o que traz uma enorme gama de riscos.” (Pe. Airton Freire)
“Foi somente a partir do acontecimento Jesus de Nazaré, a quem desde os primeiros seguidores viram o Cristo, o Ungido do Senhor, é que luz mais clara foi lançada sobre a pergunta ‘por que nós sofremos?’. Considerando o que fora a vida de Jesus de Nazaré, passaram a ver que, nEle, cumpria-se uma promessa, e um sentido para se viver nEle encontrava-se definitivamente. Mas, há quem se pergunte: Por que Jesus sofreu? Teria sido porque Ele precisaria passar pelo sofrimento da cruz, a fim de que o Pai perdoasse a Humanidade? Culpa e reparação passam por sofrimento e sangue? Alguém entende isto como ato planejado por Deus com a finalidade de ‘salvar o Homem’?. Incrivelmente, há pessoas que, citando textos bíblicos de Isaías, dos Evangelhos e das Cartas Paulinas, sustentam esse argumento. Teria Deus que punir o pecado no Filho? Por meio da morte de Jesus é que outros poderiam acertar as contas com Deus? O sofrimento do Filho expia a culpa dos outros? É disso que se trata? Com a morte de Cristo ficamos livres do castigo que pesava sobre nós? Alguém conhece um pai que, para salvar a quem ama, assassina um filho? Foi assim que aconteceu? Que acha dessa compreensão? O grave disso tudo é usar os textos bíblicos como argumento para essa maneira de pensar. É preciso não falsear os textos bíblicos segundo nossos conceitos, mas deixar purificar e aprofundar nossos conceitos pela Palavra. Podemos, de antemão, adiantar que a salvação que nos trouxe Jesus não foi porque lhe deram morte de cruz (Fil 2,8), mas porque viveu para o Pai em absoluta fidelidade. Isto é, Cristo mereceu de Deus a salvação para todo o gênero humano, o que por nós próprios não conseguiríamos.”
(Pe. Airton)