“Que o Senhor me ampare na queda. Que o Senhor me levante se eu estiver caído. E assim meu coração por ele formado saberá compreender melhor os perseguidos, os desvalidos, os largados, os esquecidos. Que o meu Senhor cure as minhas feridas e dê paz ao meu coração. Essa é a graça que eu pedirei ao Senhor. A graça de acreditar neste bem que ele me deu: a sua filiação. Eu ressuscitarei. Para esse dia, é que eu vivo, tenho vivido e ainda viverei. Eu ressuscitarei como ressuscitou o meu Senhor. Eu ressuscitarei porque a ressurreição é obra do meu primeiro amor, do meu grande amor, do maior amor de minha vida. Eu ressuscitarei porque vive o Ressuscitado.” (Pe. Airton)
“Quando se manifesta o amor na natureza humana, sonda-lhe os recônditos de sua alma, onde nem se imagina que algo dessa natureza seja objeto de perscruta. O amor revela nuances que somente no amor, pode algo, aí manifestar-se. Quem ama participa do mistério de amar e mergulha no ser que é tão somente capaz de amar. Frente ao amor, dispara a inteligência, na busca de conceitos que possam o amor explicar. Seguro, no amor, é tão somente no amor estar. Ele sozinho se diz mais que todas as falas, que todos os discursos dele já disseram. O amor converte onde as palavras nem convencem. Quando amar faz sentido – e sentido em amar sempre haverá – mais semelhante ao amado buscar-se-á estar. Trazer consigo natureza, forma e conteúdo do que no amor existe e do que nele encerra é objetivo de todo aquele que ama. Suprimir distâncias e anular diferenças são aspectos do que busca aquele ser que ama, entendendo haver, apesar do ser amado, um ponto, ainda não localizável, que manterá separado aquele que ama do ser amado.” (Pe. Airton)
“Viver como Ele viveu, alguém até consiga viver; ser como Ele foi, somente à sua semelhança e com sua graça, alguém poderá vir a ser. Por Ele, o universo é criado (cf. Jó 1,3). Contudo, vindo para o meio de nós, em figura de homem, como servo, foi achado (cf. Ef 2,6-8). Nele, por Ele e para Ele tudo foi conciliador (cf. I Col 6,16-18). Todavia, estando no meio de nós, um lugar onde reclinar a cabeça não lhe fora dado (cf. Mt 8,20). Vê-lo era ver o Pai (cf. Jó 14,9). Fez só o bem (cf. At 10,38). Todavia, foi julgado (cf. Mt 27,26), foi crucificado (cf. Mt 27,31). Deus, contudo, ressuscitou-o (cf. Mt. 28,6). À direita do Pai está assentado (cf. Mc 16,19). Ele conheceu o limite da condição humana, Ele conheceu a traição, conheceu a dor, conheceu o que é ter fome, o que é ter sede, o Senhor Jesus; por isso é capaz de interceder por ti, quando tiveres que enfrentar as tuas cruzes (cf. Rm 8,27). Ele é capaz de interceder por ti, porque conhece o que é viver como nós vivemos, o que é padecer, o que nós, por vezes, padecemos, o Senhor Jesus.” (Pe. Airton)