“Quando alguém se aproxima de algo de que, por princípio, sente dever se afastar, cria-se um conflito a que damos o nome de aproximação-afastamento. Tu sabes, por tua própria experiência de vida, que nem tudo o que junta soma. Há coisas que permanecem, uma em relação a outra, em justaposição, como água e óleo, pois a natureza de cada uma delas é distinta, e elas não se conciliam. Por isso, a primeira coisa a ser feita por aqueles que querem bem conviver – que são aqueles que se destinam a viver guiados pelo que significa amar – é discernir para, depois, optar; porque há coisas que andam juntas, mas não se misturam; há coisas que, mesmo próximas, estão separadas; e há coisas que, mesmo perto, não estão aliadas. É preciso discernir para poder prosseguir e para depois não vir o arrependimento. É preciso saber o que tem a ver com o que para não se perder tempo, para não se vir a sofrer. Por isso, se algo em ti provoca um certo mal-estar, inquietação, há que se verificar a razão, há que se verificar a quantas anda a relação entre mente e coração, para que não sofras nem a frieza da razão nem a tirania da paixão. É preciso discernir e, por vezes, para discernir, é preciso parar a fim de recomeçar e retomar pontos que, da forma como estão, não podem mais continuar.” (Pe. Airton)
“Se tu te sentires tentado, se perceberes que para além de tuas forças tu és provado, para. Invoca o Santíssimo nome de Jesus e a força do Seu Espírito te envolverá; e tu verás do que o amor de Deus em tua vida ainda é capaz.” (Pe. Airton)
“Os que não perdoam acumulam em si uma matriz de sofrimento, vivem seus dias a partir do negativo de um momento. Os que não perdoam veem fluírem seus dias pelas vias do desalento. Aquele que não concede o perdão faz do seu próprio querer um ato de negação. É preciso curar as feridas, estancar a sangria, assumir a vontade de não mais viver à revelia. É preciso tentar refazer-se por atenção ao bem que tenha ficado rasurado. É possível viver na verdade, mesmo que, para tanto, um preço tenha de ser pago. Aqueles que perdoam não vivem à toa; refazem-se a partir de dentro, e não trocam a alegria por descontentamento, não privilegiam, negativamente, nenhum momento.” (Padre Airton)
”Those who don’t forgive build up within themselves a matrix of suffering, they live their days from the negative standpoint of a flashy moment. Those who will not forgive see their days go by with discouragement. He who refuses to forgive denies his own will. One must heal wounds, stop the hemorrhage, decide not to go on living at random. One must try to remake, to correct whatever damage may have spoiled what good was done. It is possible to live in truth, even if one must pay a price to do that. Those who forgive don’t live at random; they restore themselves from inside, and don’t trade their joy for unhappiness; they won’t choose to be negative at any time.” (Father Airton)