“Há pessoas que fazem de momentos de sua vida algo a se descuidar, e há outras que aproveitam cada oportunidade para que um passo maior, na vida, possam dar. Tenho dito o que aqui vou repetir: ‘O que dá pra rir dá pra chorar’; e coisas que, há um tempo atrás, tornavam-nos tristes, hoje, para nós, são plenas de sentido pelo ensinamento que trouxeram consigo. Existe ao menos um, dentre muitos motivos, para que novos passos possam ser dados em avanço. A partir de acontecimentos que trazem consigo o caráter de influenciar no que é permanente, podemos romper com o que nos imobiliza e seguir em frente. Viver é ter que optar. Mesmo enfrentando riscos, viver faz sentido, se ao verbo amar puder se conjugar. Lembra-te do que já foi dito tanto: ‘O que faz o encanto de todo encontro não é tanto o quanto ali se possa fazer ou o que dali possa ainda se dar ou se dizer. O quanto de amor ali ainda houver é que dará sentido a tudo o que se disser e fizer. E isto, somente isto, não passará’.” (Pe. Airton)
“Existem algumas coisas que foram sentidas e pensadas e, todavia, sempre foram retidas, nunca foram comunicadas. Existem coisas que estiveram sempre ao teu lado, e nunca te deste conta de que poderias há muito tê-las sob os teus cuidados. Existem coisas que foram passando e com as quais nem foste te importando, mas, com o tempo, foste percebendo que, mesmo que não tenhas conseguido sentir, algo novo já estava há muito acontecendo. Existem situações que nunca foram suficientemente avaliadas, tampouco compreendidas. Existem coisas que foram ditas, mas nunca foram faladas. E existem coisas que, mesmo sendo vistas, jamais se deram por notadas. Acerca dessas coisas, é preciso tomar uma posição, pois, contrariamente ao que se pensa, se com elas não te importares, mais tarde haverás de entender que a tua vida terá passado em branco em alguns aspectos e, muito mais do que fizeste, deixaste por fazer.” (Pe. Airton)
“Há certas coisas que é preciso saber de antemão, sem o que seremos semelhantes a um carro que caminha na contramão. Que não venhas tu a cair com teus próprios pés, nem a sofrer o que, por tuas próprias decisões, haveria de te causar revés. Há coisas para as quais tu já vives o adiantado da hora, e há certas coisas sobre as quais precisas decidir sem demora. Há coisas pelas quais é preciso esperar, e há coisas sobre as quais é preciso decidir imediatamente, já! Por isso, a pergunta que te faço inicialmente: que tempo é este em que estás vivendo? É feito de quê? Vives em função de que ou para quê? Tu fazes o que fazes buscando o quê? Em relação a que, tu te sentes além? Em relação a quem, tu te sentes aquém? Na verdade, o que tu estás fazendo é expressão da forma mais genuína do que estás querendo? Ou intimamente tu estás vivendo o que não desejas? E, a continuar desta forma, suportarás estas tensões até quando? Há coisas que não podes mais protelar, há certas coisas que tens de decidir, e outras até pelas quais terás de esperar. Qual a qualidade da vida que tu estás tendo? Em relação a que coisas tu te sentes morrendo e para que outras coisas tu estás vivendo? Afinal de contas, vives em função de que ou de quem? É claro para ti o para quê? Ou apenas vais fazendo o quê? Não importando para quem ou o por quê? Viver é mais que existir, já se disse um dia. Na vida, é preciso insistir, persistir, mas, antes de se fazer, há que se discernir. Do contrário, tu poderás fazer o que pode não te convir.” (Pe. Airton)