“Aos poucos, nós vamos percebendo que, se em algum momento de nossa vida, estávamos começando a desistir, a graça, a tempo, veio nos alcançar, e a esperança – que não decepciona, se posta em Deus – depressa veio nos socorrer. Por termos acreditado, o Senhor Deus não nos faltou. Aos poucos, vamos esvaziando a alma ou a mente daquilo que com Deus não pode combinar, a vida vai tomando um rumo diferente daquele que até então vinha seguindo, e, sendo obra do amor que nos está acontecendo, mudanças vão surgindo, o nosso coração vai antevendo, e a mente vai intuindo que algo novo está surgindo, um novo tempo está começando. A esperança, que, de nós, andava tão afastada, vai voltando ao ponto de onde nunca deveria ter partido, a mesma que, em nós, aceitamos, para aí fazer morada. Dela, parte a alegria de viver que, por um tempo, andava de nós, afastada, por razões que à esperança eram estranhas, aquelas que, aos poucos, foram se distanciando. Como as primeiras chuvas que irrigam os campos, a alegria vai voltando, e aquilo que antes inquietava o nosso coração vai cedendo lugar à esperança, que, novamente, em nós, vai habitando.” (Pe. Airton)
“Se a própria natureza está em constante mutação, por que tu não te dispões também a enxergar novas possibilidades, a fim de que, não te negando às prioridades, possas chegar a melhores, ou mesmo iguais, resultados? Aliás, a forma como tu fazes, atualmente, é somente uma das inúmeras possibilidades de realizar um ato. Em ti, não nasceu, não viveu, nem morreu toda verdade. Tua forma de proceder é uma entre outras formas de ser. Por isso, que tenhas determinação quanto à clareza do que tu queres alcançar, mas que sejas maleável para mudar, se for uma necessidade da ocasião, não traindo a primeira intenção. Precisarás, para tanto, de sabedoria, a fim de que tenhas real discernimento acerca do momento e de suas implicações ao tomar determinado posicionamento. Considera, portanto, que toda ação produz efeitos, com seus limites, mutações, erros e acertos. Em parte, depende de ti o sucesso do que vieres a fazer, mas há algo de imponderável e inesperado que nos resultados também poderá influir. Tu precisas estar atendo aos movimentos internos e externos que nortearão, determinarão o prosseguimento de um pensamento, de uma intenção. No que depender de ti, que sejas tu coerente e veemente acerca do que pretendes fazer, mas que saibas, também, trabalhar as eventualidades, essas variáveis do planejado, aquilo que pode fugir completamente ao teu querer.” (Pe. Airton)
“É preciso e faz sentido ser bem preciso, mesmo diante do indevido de atos não pensados, mas realizados em tão diferentes momentos. Todavia, viver em função do que não é e nem se sabe se será, esquecendo-se de viver o presente, o maior presente que se tem presente, sentido algum nisso há. O dado de realidade é o teu presente, o que faz teu ‘aqui e agora’, isto que tu tens atualmente. É dele que as coisas decorrerão. Não podes viver em função de um depois, queimando etapas, precisamente a que estás vivendo agora. Isso em nada te ajudará e pode até te atrapalhar. Esperar o que ainda não é – e que não se sabe se virá a ser – e não viver intensamente o teu presente, do qual depende o teu futuro, é perda de tempo. Se a isto que agora te digo deres a devida atenção, viverás, em atos consequentes, intensamente, o teu presente, sabendo que tudo o que vives atualmente influenciará não só este presente. Há muito ainda a se fazer, muito ainda a ser construído, e, por algo impensado, não venhas tu a destruir o que potencialmente existe para emergir. Vive intensamente o teu presente; nunca em função de um depois. Todavia, não deixes de levar em consideração que tudo o que fizeres, no presente, influenciará o futuro, positiva ou negativamente. (Pe. Airton)