“A realidade mais constante que nós experimentamos é que nós mudamos com o passar dos anos, embora os mesmos permaneçamos interiormente. Alguém já disse que, acerca de determinados acontecimentos, é preciso haver uma mudança interna, que precisa passar por um tempo que, se não for de saturação, haverá de ser de maturação, como ocorre com o grão. É fato experimentado que, após determinado tempo, passa-se por várias estações, algumas até repetidas, como aquelas que experimentamos por anos seguidamente. Tu precisas saber que nenhuma estação dura para sempre, que cada uma tem sua dor e seu encanto, sua lição, sua duração – seja outono, inverno, primavera ou verão. Hás que administrar os acontecimentos internos ou externos, assim como experimentas e vives cada estação do ano, intensamente, sabendo, volto a dizer, que nada dura para sempre. Há um sentido que pervade todos os acontecimentos, e, quer queiras ou não, o mundo continuará a ser como é – com mudanças, naturalmente. Não depende de ti que o mundo seja, enquanto mundo, diferente. Naquilo que for concernente ao espaço do que tens a administrar, convém que tudo faças da melhor maneira, do contrário, passarás a deter-te no sem sentido, sem nisso nada de verdadeiro, de autêntico, ter a encontrar.” (Pe. Airton)
“Prós e contras, na tua vida, sempre haverás de ter. Esses elementos poderão ser referenciais a partir dos quais tu balizarás a tua prática, atuação. Não devem eles, contudo, adquirir o caráter de algo absoluto. Prós e contras sempre haverás de ter. Se bem com eles puderes te haver, entenderás que sua presença até de incentivo servirão ao que tiveres de, em ti mesmo, superar. Pois, sem eles, como poderias conhecer as potencialidades e os limites com os quais, de frequente, tens de lidar? Eles exigirão de ti posicionamentos claros e a indispensável necessidade de assumir, com igual clareza e inteireza, o que resultar desse teu discernimento. Se clara for a razão pela qual tu te decidiste viver, seguirás em frente, estarás aberto às mudanças, às avaliações a todo e qualquer momento, mas a meta, esta é o que de mais constante em ti haverá de existir. Guarda bem isto: a meta é o que de mais constante em ti haverá de permanecer. O resto se modificará, quem viver verá, e isto não podes dizer que contigo não tem a ver.” (Pe. Airton)