“É preciso que fique clara a tua decisão, qual seja, a de a bom termo chegar aonde tu intentaste, pensaste e planejaste. Se isso para ti não estiver claro, poderás passar até noites em claro, e mais clara a situação para ti tampouco será. Por isso, cabe discernir, cabe primeiramente pensar aonde tu queres ir e, isto sendo definido, poderás dizer “isso eu posso fazer”, “isso é pertinente ao meu querer”, “isso depende de mim” ou “isso está para além de mim”. Assim acontecendo, as coisas aos poucos irão se esclarecendo, e, se antes fora escura a noite para ti, a partir daí, o dia irá amanhecer.” (Pe. Airton Freire)
“E quando a luz vier a faltar; e quando de teus antigos planos nada mais restar; e quando tudo tiver acontecido; e quando, alguma vez, acordares sem que ainda tenha amanhecido; e quando passares a duvidar profundamente de coisas nas quais tão intensamente acreditavas, o que teria se tornado difícil até de suportar; e quando sentires que terra aos teus pés veio a faltar; e quando perdas seguidas começares a contar; e quando dos antigos sonhos nada mais restar; e depois de tudo dito, feito, planejado, bem ou mal executado, perceberes que muito ainda ficou por se dizer, fazer e pensar, acredita: depois de tudo passado, depois de tudo por concluído ou inconcluso tiver sido dado, só o amor permanecerá, só ele restará, só ele será ainda o alicerce para que, a partir dele, em uma nova fase de vida possas tu entrar.” (Pe. Airton Freire)
“De que te adiantaria a outros repetir o que de outros ouviste desde longo tempo até aqui, se teu coração, contínua e insistentemente, permanece longe de viver este teu atual momento? De que te adianta repetir ditos de muitos dizeres, se, antes, não é preocupação tua assumir e expressar, na própria vida, por atos consequentes, a verdade do que a ti se tem anunciado insistentemente? Para que aprender a dizer palavras, construir frases que podem até comover, se em tua vida há tantas reticências em assumir, definitivamente, a verdade de uma forma clara e plena, como a um discípulo convém fazer? De que adiantaria poder falar bem alto o que a ti e a outrem bem alegra o coração, se, em tempos de provação, não tens permanecido em serenidade, como convém aos que tão somente não confiam em sua humana capacidade? Se o tempo da provação, na verdade, não te tem purificado, mas revoltado; se, em razão disso, tu te sentes aquém do esperado, faço-te um pedido: recompõe-te, volta aos trilhos e muito mais por ti ainda se fará.” (Pe. Airton)