“Só o amor pode tocar no mais fundo da alma e transforma-la onde só a ele é possível até ali descer. O amor rima com realização, o amor rima com gratidão e com perdão, o amor rima com o que mais urgentemente tu procuras, mesmo quando julgas tudo já ter encontrado. E quando o teu peito prorrompe em intensa procura, é, na verdade, o amor que buscas, os seus cuidados. E quando não o encontras, tu colocas, em seu lugar, substitutos, quase sempre inadequados, que, se te tranquilizam, não te deixam, contudo, realizado. Por isso, que, em teus atos, seja ao amor dada expressão. Em assim procedendo, será dirimida toda dúvida de que o amor mais intensamente brilha quando mais escuro, em derredor, está. Onde o amor acontecer, a unidade terá lugar, e algo de sério, sólido e bonito ali se iniciará. E onde, um dia, ele vier a faltar, de constante, de firme, sereno ali se passará. Continuidade alguma, sem ele haverá. Se em ti o amor não houver mais de se encontrar, farás tu o que fizeres, estarás tu com quem estiveres e, mesmo assim, solidão acompanhada viverás.” (Pe. Airton Freire)
“Existe um ponto em que, de frequente, tu precisas te exercitar: usar de misericórdia para aqueles que contigo convivem, lembrando-te de que em tua necessidade, um dia, a misericórdia de Deus veio te alcançar. Observa como agia o Senhor Jesus, os exemplos que Ele nos tem deixado e compara com os vários momentos de tua vida em que Ele tem te atendido. Não recrudesça, esquecendo-te de seus benefícios, tornando-te intransigente em relação àqueles que alguma vez tendo caído, buscam, então, tornar-se nele outra vez regenerados. É tempo de mudar. É tempo de recomeçar; mas, dá também oportunidades àqueles que tenham caído. Observa como o Pai é amoroso, amigo, justo, misericordioso, e como tu, sendo quem és, por que te fechas por tua parte?” (Pe. Airton Freire)
“Considerando que tudo se dá num estado inicial e permanente de inacabamento, em constante aprimoramento, há que tudo se burilar, malgrado seja boa a matéria-prima em sua raiz. Tu precisas aprender com os acontecimentos e fazer em ti mesmo renovados aprimoramentos. Só tens duas saídas: ficar a te lamentar e a procurar ouvidos que queiram te ouvir, lugar de quem procura quem seja capaz de se compadecer de si; ou fazer um enfrentamento, pela superação daquilo que para ti tiver sido marcante. Nessa superação, tu terás condições de trabalhar tanto o que concerne à estrutura ou à dinâmica de uma questão especificamente dada. Podes escolher entre ficar a um passado afixado, ou integrar a lição que ele te traz e continuar a fazer a caminhada, sabendo que o que surgir a partir dali, dependerá, em grande parte, de ti. A forma como tiveres de vivenciar cada nova questão está em ti. É teu fazer esta opção: ver o mundo dividido, e, então, em ti e a partir de ti, tudo estará partido; ou então tu te decides por integrar e, integrado, terás uma chance de melhorar a tua própria percepção e fazer o novo vir a se dar. Está em ti a opção que vais tomar.” (Pe. Airton)